procuro em cada verso
qualquer resquício de revés
e o cheiro impossível
das ondas do sul e seus véus
rebombando na areia
procuro nos sons solitários
o ganido da cadela prenha
desemprenhando num abrigo
seguro, aqui perto
quantos serão desta vez?
quantas mortes proporciona uma vida?
que dia é hoje?
procuro saber porque é
que não sei ainda
se já soube de pronto
que jamais saberia
desejo mais e mais
o que o instinto proíbe:
o gosto de sangue e areia
Nenhum comentário:
Postar um comentário