Arquivo pretensiosinho

quinta-feira, 17 de março de 2011

procuro em cada verso
qualquer resquício de revés
e o cheiro impossível
das ondas do sul e seus véus
rebombando na areia

procuro nos sons solitários
o ganido da cadela prenha
desemprenhando num abrigo
seguro, aqui perto

quantos serão desta vez?
quantas mortes proporciona uma vida?
que dia é hoje?

procuro saber porque é
que não sei ainda
se já soube de pronto
que jamais saberia

desejo mais e mais
o que o instinto proíbe:
o gosto de sangue e areia

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