Arquivo pretensiosinho

terça-feira, 18 de agosto de 2009

O troféu

enquanto eu ébrio
andar cabisbaixo
sob a cortina
dos salgueiros

e num suspiro
ridículo

esquecido de quantos
tapas de vento
são necessários
para derrubar uma rosa
de seu pedestal

tomar à mão
ensangüentado botão
e fizer menção
de sentir saudade

que me mostres o perdão
o fio brilhante
gélido, cético
em um beijo de língua
que desfia e desgarra
a minha garganta

e pendures pras moscas
minha cabeça

enquanto gozas ao vestir
o meu couro tratado
com aroma
de pétalas

2 comentários:

  1. Sim, eu adicinei o seu blog na minha lista.

    Ah, e belo poema.

    =]

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  2. Po, eu tinha visto, só não tinha comentado.

    Engraçado, ontem foi um dia totalmente estranho, aconteceram tantas coisas que acho que dava pra escrever um livro, mas eu só escrevi esses 8 versos.

    Blé.

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