Arquivo pretensiosinho

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Branco e preto

Outro dia expliquei a um desatento que o branco é formado de todas as cores e o preto é a ausência de cores. Não que eu tenha conseguido fazê-lo com muita propriedade, nem que ainda acredite nessas experiências e dados empíricos. Mas se eu teria de argumentar, que o fizesse por exemplum, segundo o que dita a tradição e os bons costumes. Afinal, tudo que é dito não passa de tradução e tentativa - Meu caro, comecei, não há bem sem o mal e vice-versa e, mais ainda, se queremos discutir alguma coisa, partamos do princípio de que não existe bem e mal. E que engenheiro viveria sem um ângulo de 90 graus? Que matemático? Que pragmático? Desculpem, amigos inflexíveis, morram de fome! Porque eu vou caçar qualquer coisa pra me virar. O fato é que é muito difícil convencer qualquer um que o amor é destruição... Mesmo Nietzsche não se convenceria, ele e aquela enorme cabeça-dura dele - Pois façamos assim: partamos um homem ao meio, e esperemos para ver qual das metades manifestará o bem e qual manifestará o mal. Se ambas as metades morrerem, ficamos e discutimos mais uma meia hora, tudo bem?!

2 comentários:

  1. "(...) tudo que é dito não passa de tradução e tentativa." PP

    "Todos los hombres, en el vertiginoso instante del coito, son el mismo hombre. Todos los hombres que repiten una línea de Shakespeare, son William Shakespeare" Borges

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  2. Para mais sobre amor e destruição: Bataille, seu tolo sem fé.

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