o descanso é preterido
e o desfecho se deixa
para um pouco
do acaso
e outro tanto
pra depois,
como é do desmando
uma coisa e outra
e outra ainda
e um violão
na esquina
uma moeda
que Deus lhe pague,
e se o resto da festa
ficar no latão,
que lhe conceda gratidão
e lhe proteja também,
mas não é bem uma reza
entre pés muletantes
alucinados até o inferno
chutando o capeta
chupando na veia
a cerveja
e beijando o ardor
de um trago
uma última vinda
e sei lá
que tão últimos
podem ser os escombros
e o resto daquele
que fugiu da coberta
de quem viesse
meio trôpego
pela calçada
a lentidão
que sustenta
as folhas antes mesmo
de primavera
virão,
por que não,
entre a noite
as floras
e soberba sonolência
Aquele animal sempre consegue, uh?
ResponderExcluirPoemas longos e com tema etilico... Conheço bem isso.