abaixo
e me sento
porque daqui dá pra ver
de várias cores o sol
persigo a grama
me dá conforto
raízes feitas
outro verão
que virá
pendem as nuvens
em pinceladas
carregadas
da serra à direita
despenca o céu
só podia
negro contorno
do anil que se avermelha
de fogo
e queima o mar
reflete-se em cores
que não deveria
ousar
rubi amarelo
laranja e si
olha lá
Você tem um cacoete de dicção: começa em um registro e termina necessariamente no outro, como se fosse errado não ser coloquial e prosaico. Não se reprima, PP!
ResponderExcluirE como prova de que gostei bastante desse poema seu, transcrevo um Gullar que ando lendo e que às vezes me faz lembrar você, lá vai:
6 [do poema Nasce o poeta]
a manhã apaga
as perguntas da noite
as coisas são claras
as coisas são sólidas
o mundo se explica
só por existir
a memória dorme
o presente ri