Ao poeta
puta que abre as pernas
para o mecenato miserável,
o tempo inteiro mastigado
em versos pomposos
e palmas dos homenageados.
Ao poeta
besouro que rola sua pequena
bolota de bosta pela sintaxe
malacabada do português.
Ao poeta
apresentador da globo que diz - Boa Noite!
com o semblante amigável
e ceroulas furadas por baixo da mesa.
Ao poeta
pombo que se alimenta
das migalhas
atiradas pelos velhos poetas
em sua rotina
desenganada pela poesia.
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