Arquivo pretensiosinho

quinta-feira, 5 de março de 2009

Trincheira

A brisa brinca
nas copas
das árvores
esfolhando sons
amenos.
Sorrateira,
adentra
minha trincheira
e acaricia
meu fuzil
adormecido.

Da vala em que
me escondo
observo o manto
negro salpicado
de fissões nucleares
onde quero
deitar.

Mas o silêncio sinuoso
dos bordados estelares,
como um estampido
de pensamento,
me acorda
amedrontado.

Nestes tempos
é impossível
cochilar.

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