à frente o mar
um passo
um abismo
a queda terrível
de duzentos e cinquenta e nove metros e meio de altura
contra as pedras
afiadas
um tapa de brisa
enferruja o sangue e
o corpo teso se
encurva
range e
pula vertiginosamente
a queda suave
da pena da gaivota na ausência de sons e pensamentos
em toda parte o mar
o gosto doce de
fazer parte para
sempre do mar
e ser o mar
diluído
nas espumas
frisantes
do mar eterno
mar
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