Na escola
há um poeta para cada aluno.
Mas intriga que os poetas escolares
sejam líquidos, gasosos, e sólidos voláteis.
Muito difícil é se dar com eles
enquanto poetam a musa Loira
nos banheiros inspirados.
No entanto, dispersos
(pela gramática, ou motivo nenhum,
que os inspetores condenam),
escorrem pelas frestas das portas,
escapam pelas janelas abertas,
e se firmam de sobressalto,
feito as pedras de amarelinha
numa baia lúdica de giz.
No recreio - Estátua!
Há poetas petrificados por toda parte.
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