Dizem que o tempo é soberano entre os homens, que nada nem ninguém pode fugir a seu sibilo fatal. Mas o tempo, esse nobre velhaco que reivindica seu reino entre os mais fracos, tem uma fraqueza menos nobre: constrói em si um templo inevitável. E sobre o altar de serpente, onde a própria fome lhe devora o dorso ritual, jaz intocável a mais cruel besta, que se lhe chama saudade.
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